Em um intervalo de um ano e meio, a Azul Linhas Aéreas sofreu 15 mil processos judiciais em Rondônia. É o que revela um balanço obtido com exclusividade pela Rede Amazônica nesta quarta-feira (19), um dia depois da companhia anunciar a redução de voos no estado alegando alto índice de processos judiciais.
De acordo com levantamento feito por leitura dos processos ingressados na Justiça Estadual, entre 1° de janeiro do ano passado e 15 de junho deste ano foram abertas 24.811 ações contra três empresas do transporte aéreo (Azul, Gol e Latam). Deste total, 15.514 foram contra a Azul, correspondendo a 62% dos processos.
Os números também mostram que dos 15 mil processos sofridos pela Azul, em 7% deles a pessoa que entrou com a ação, ganhou. Outros 10% dos processos foram julgados improcedentes, ou seja, o autor perdeu a causa.
Ainda segundo o balanço, em 35% das ações o judiciário aprovou o acordo feito pelas partes do processo.
Situação em 2023
Os dados também revelam que dos 15 mil casos na Justiça de Rondônia, 5.119 processos contra a Azul foram movidos apenas de janeiro a junho deste ano, sendo a maioria deles na Comarca de Porto Velho (veja no gráfico abaixo).
Das 5.119 ações contra a Azul nos cinco primeiros meses do ano:
- mais de 3,5 mil foram por cancelamento de voos;
- cerca de 1,5 mil são por atrasos;
- e quase 1 mil casos são pedidos de indenização por dano moral;
O balanço obtido pela reportagem também mostra que a Azul transportou 11.808 passageiros, de janeiro a meados de junho, sendo a companhia líder no transporte aéreo no estado, com 48 voos semanais.
Anúncio de redução
No início desta semana, a Azul informou que reduziu o número de voos oferecidos pela companhia aérea no estado.
Ao g1, a empresa afirmou que as recentes adequações surgiram pelo aumento do custo operacional na região, motivado pelos processos judiciais.
Não existe uma previsão para que a rota aeroviária seja estabelecida e a companhia afirmou que busca soluções para minimizar possíveis impactos aos clientes.
Foram retirados novos voos de Vilhena e Cacoal para Cuiabá e de Porto Velho também para a capital de Mato Grosso.
Por g1 e Rede Amazônica