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sábado, junho 15, 2024
Prefeitura de Pimenta Bueno

Delegado conta como foi os últimos momentos de vida do bebê Salomão; “A mãe primeiro, depois o pai, apertaram o pescoço dele contra o berço até ele parar de chorar”

Na manhã de sábado, 11, o pequeno Salomão G. Silva, um bebê de apenas dois meses, perdeu a vida em circunstâncias terríveis. Inicialmente os pais disseram que a morte do pequeno era por afogamento provocada por leite. O Corpo de Bombeiros foi acionado pelo pai da criança, no entanto, ao chegarem ao local, constataram que o pequeno já estava sem vida há algum tempo.

Os pais, Samuel Henrique Silva, de 20 anos, e a mãe, uma menor de idade de apenas 17 anos identificada pelas iniciais S. G.M., residem na Rua das Pratas, região das Casas Populares, localizada no Bairro Cidade Alta, em Rolim de Moura, RO. Eles alegaram que a mãe havia amamentado o filho por volta das 6 horas da manhã e, por volta das 8 horas, ao verificar o berço, encontraram o bebê sem vida.

Revelações Chocantes

Um exame tanatoscópico realizado no corpo do bebê revelou que a criança já estava morta há mais tempo, provavelmente tendo falecido durante a madrugada. Além disso, o corpo do bebê apresentava marcas de agressão provocadas por unhas.

A equipe de investigação do SEVIC da Polícia Civil, foi acionada pelo Delegado Daniel Hoffman, e compareceu ao velório do bebê que ocorria na capela mortuária, e conduziu os pais para serem ouvidos. Durante o interrogatório, acabaram confessando a verdade.

O casal admitiu que, sempre que o bebê chorava, tinham o costume de apertar o bebê contra o colchão do berço para que parasse de chorar. Eles apertavam o pescoço ou a cabeça do bebê contra o colchão, segurava sua língua e enfiavam o dedo em sua boca. Durante a madrugada, o bebê chorava muito e, após a mãe dar leite na mamadeira, o bebê continuou chorando. A mãe então colocou o bebê de bruços e apertou a cabeça da criança contra o berço. O pai também apertou o rosto do bebê contra o colchão até que o bebê parou de chorar, ou seja ficou sem ar. Eles acreditavam que o bebê havia dormido a madrugada toda, mas por volta das 8 horas, o pai foi até o berço e pegou o bebê e percebeu a criança gelada e dura, momento que acionaram o Corpo de Bombeiros.

Prisão em Flagrante

Samuel Henrique Silva de 20 anos e a mãe, uma menor de idade de apenas 17 anos identificada pelas iniciais S. G.M – Foto: Redes Sociais – Divulgação

Após serem ouvidos, o casal foi preso em flagrante. O pai foi encaminhado para a Casa de Detenção e a mãe, por ser menor de idade, foi entregue ao CARCAM, ficando ambos à disposição da justiça.

Entrevista Coletiva

Na manhã desta segunda-feira, 13, o delegado Daniel Hoffman, responsável pelo caso concedeu uma entrevista coletiva: “A informação inicial que tivemos ocorreu por volta das 9 horas da manhã de sábado, 11. A polícia militar foi acionada e o corpo de bombeiros foi chamado à residência para atender a um possível caso de engasgo, uma morte acidental de uma criança no imóvel, engasgo com a ingestão de leite. O pessoal foi para o local, a polícia militar esteve lá, assim como o corpo de bombeiros e a perícia. A princípio, tratava-se de uma morte acidental. Por volta do meio-dia, o médico legista iniciou o exame tanatoscópico da criança. Por volta das 14 horas da tarde, fui contactado pelo médico legista, que informou que a criança apresentava algumas lesões, uma série de lesões no pescoço, na cervical e no rosto. O relato da mãe e do pai de que a criança havia sido amamentada às 6 horas da manhã de sábado, que eles tinham dormido e acordado às 7h40 com a criança morta, não condizia com o corpo, com o exame tanatoscópico. Ocorre que a criança já apresentava uma rigidez cadavérica, ela estava dura, o que representa, na medicina legal, que a criança já havia morrido há pelo menos 10 horas. O corpo já estava duro e, com essa série de lesões no corpo, houve a suspeita de que não havia sido uma morte acidental, e sim uma morte provocada.”

Qual crime o casal poderá responder?

O casal poderá responder na justiça por homicídio e também pela prática de tortura ao longo da fase da criança de 60 dias. Há indícios suficientes de que essa criança era torturada. Familiares, que eram impedidos de manter contato com essa criança, só viram a criança no velório. O pai do suspeito falou que a criança estava subnutrida e era maltratada pelo filho que queria o cuidado do neto, mas não tinha sido permitido pelo filho.

Familiares e amigos já suspeitavam de que o bebê não havia morrido de morte natural e já faziam fotos durante o velório.

Assista a coletiva de imprensa concedida pelo Delegado Daniel Hoffman na íntegra:

POR: PLANETA FOLHA

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