Ser mãe de noiva tem emoções e momentos únicos, admiráveis e inesquecíveis, mãe e filha revivem todos os momentos em que estiveram juntas nas alegrias, conquistas, dificuldades e tristezas.
É também o momento que a mãe tem o sentimento mais forte no coração que ela gerou filhos, os criou e sabe que é chegada a hora de entrega-los para o mundo, esquecer seus planos pessoais para eles.
E assim, Cirlene de Oliveira Neves Vieira, 45 anos, com o esposo Wendel Fagundes Lugon, o fez na tarde de sábado (08/07) casando sua filha no Santuário de Nossa Senhora Aparecida em Ouro Preto do Oeste, agindo como mãe consciente de que ela é um instrumento de Deus e deveria canalizar sua fé discipulando os caminhos de Jesus ao casal de noivos Waddyson e Uinglit.
A cerimonia de casamento começou às 17 horas e a cerimonia finalizada por volta de 19 horas. Cirlene Vieira, bastante radiante após casar sua filha, fez uso da palavra e entre conselhos exortou o amor à fé e a Deus, aconselhou a filha e o genro, agradeceu a todos por compartilharem daquele momento extraordinário em sua vida, e após o término da cerimonia de casamento houve a recepção no Salão de eventos da Paróquia.
O casal retornou para a propriedade rural onde empreendem a Agroindústria Familiar Kaui, uma mini fábrica de laticínios de sucesso que prospera no interior de Rondônia, e fica localizada na zona rural de Ouro Preto do Oeste à Linha 12 da RO-470 – Linha 81, na comunidade Santos Reis.
De madrugada, Cirlene acordou seu marido, pediu que ele a trouxesse para a cidade e eles vieram para o Pronto Socorro do Hospital Municipal. Cirlene desceu do carro, caminhou até a recepção e à sala de emergência, mas iniciou uma crise, e teve o mal súbito fatal.
O velório de Cirlene Neves, que começou no domingo pela manhã, está sendo realizado na capela da Associação Vida Nova, e o sepultamento será nesta segunda-feira (10), às 9h30.
“Quando sonhamos OS Sonhos do Senhor, é impossível passar por esta terra sem fazer algo extraordinário”
Uma das amigas de Cirlene contou que ela, em meio a toda a adrenalina daqueles momentos, se queixou duas vezes de não estar se sentindo bem, antes e depois do casamento. A segunda vez, falou que estava sentindo uma agonia, dor no corpo e mal estar.
No entanto, a conclusão daquela conversa era de que seria estafa de toda correria que precedeu até a finalização do casamento e da comemoração, organizado e conduzido por Cirlene, e que um remédio paliativo em casa iria resolver. Mas, lamentavelmente, não era.
“Ela estava bem, alegre e se sentindo realizada. Ela fez uma homenagem linda, agradeceu a todos que estavam lá presentes, ela agradeceu o genro, falou que tinha ganhado um segundo filho e que era pra ele cuidar bem da filha dela. Falou pra filha que era pra ela seguir sempre os caminhos de Deus”, lamentou.
Fonte: Correiocentral.com.br