Quem está ansioso para observar a Chuva de Meteoros Geminídeas, em curso desde novembro, mas que atingirá seu pico na virada desta terça (12) para quarta-feira (13), pode ser impossibilitado pelas nuvens carregadas e o tempo fechado, característico do ‘inverno amazônico‘ em Rondônia.
A ‘Geminídeas’ ocorre anualmente e tem o auge em dezembro. Ela é uma das poucas chuvas intensas que são favoráveis de se observar no Hemisfério Sul.
Para observar o fenômeno, além de ir para um local sem luminosidade, o professor de física da Universidade Federal de Rondônia (Unir), Ariel Adorno, revelou que as pessoas devem virar os pés para o leste, para o sentido do nascimento das estrelas ‘Três Marias’.
“Ela [chuva de meteoros] pode ser vista de todo o Brasil. Então basta olhar pra região das Três Marias, que são os três pontinhos que estão bem brilhantes, nascendo por volta das 19h, 20h, no leste”, apontou o professor.
⌚ Fique atento ao relógio e atrase o despertador, pois o horário de melhor visibilidade será à meia-noite.
![Meteoros geminídeas foram registrados em Nhandeara (SP) — Foto: Renato Poltronieri/Bramon](https://i0.wp.com/s2-g1.glbimg.com/eq-Gqw0PukbMBh0Dm6cVj0U169E=/0x0:1280x675/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2022/K/n/BQARcWQ5AOddSfFnCiEQ/d193c8ff-debe-4dc3-b3af-1dc81df737de.jpg?w=696&ssl=1)
Meteoros geminídeas foram registrados em Nhandeara (SP) — Foto: Renato Poltronieri/Bramon
Má notícia?
Mas e como fica o tempo nesta terça-feira? Segundo o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), um intenso fluxo de umidade criou áreas de instabilidade em todas as regiões de Rondônia.
⛈️ Para os amantes da ciência e da observação, a notícia não é boa: a previsão é de muita nebulosidade na maior parte do estado.
Em Porto Velho, a previsão é de céu nublado, com pancadas de chuvas e trovoadas entre a tarde e a noite, e há possibilidade de temporais.
Como a chuva de meteoros é formada?
Ao g1, Ariel Adorno explicou que o espetáculo se forma a partir do rastro de fragmentos deixados pela passagem de asteroides no espaço.
“Você tem um asteroide passando e ele deixa um rastro de fragmentos no espaço. Esse rastro de fragmento no espaço vira essas ‘pedrinhas’ e como a Terra está em movimento o tempo todo, esse cometa ou esse asteroide que passou e deixou esse rastro […] a Terra passa e pega esse rastro”, explicou.
De acordo com Cássio Barbosa, pós-doutor em astronomia, todo o ano, quando a Terra cruza a trilha deixada pelo cometa, captura as partículas pela gravidade que entram na atmosfera em alta velocidade.
Por Thaís Nauara, g1 RO